Em 2013 a PwC e a Apifarma publicaram o estudo “Ensaios Clínicos em Portugal”.
O estudo “Ensaios Clínicos em Portugal” da PwC e da Apifarma foi publicado em 2013. Foi feita uma atualização do mesmo, em 2019, onde se concluía que Portugal ainda tinha potencial de crescimento, quando comparado com países de dimensão semelhante ou inferior. A diferença que apresentava era de até 3.7x entre o número de ensaios clínicos submetidos por milhão de habitantes. Entre 2013 e 2023 aumentou a distância entre Portugal e o que se observa na maioria dos países europeus.
A versão de 2019 comprova a falta de avanço positivo dos ensaios clínicos em Portugal. Vários fatores podem ser utilizados como possível justificação para a inexistência desse avanço, como a ausência de uma verdadeira estratégia de promoção da investigação clínica no país, ou a complexidade dos processos envolvidos, e ainda a escassez de equipas de investigação profissionalizadas e dedicadas.
Apesar de sucessivos Governos definirem a investigação clínica como estratégica para o setor da saúde, continua a haver muito espaço para a melhoria. A pandemia obrigou a redefinir as prioridades na área da saúde, mas a indiscutível mais-valia da investigação clínica para doentes e profissionais de saúde podem e devem potenciar uma nova dinâmica nesta atividade.
Capacitar os centros de ensaio, investindo no desenvolvimento de estruturas dedicadas e de fomento de maior integração e cooperação entre agentes, e agilizar a criação de modelos de incentivos que estimulem o envolvimento de investigadores, são algumas das importantes medidas para remover os obstáculos já conhecidos por todos os agentes do sector.
Para além de beneficiarem os doentes, os ensaios clínicos beneficiam também a comunidade científica e a economia. A Indústria Farmacêutica está disposta a investir e sente-se responsável por dar oportunidade aos doentes portugueses de acederem a terapêuticas que, através dos ensaios, ficam disponíveis à maioria dos doentes europeus e que de outro modo não chegarão a Portugal. Este investimento feito pela Indústria Farmacêutica só existirá após uma viragem da política e estratégia nacional.
Com a aplicação do Regulamento Europeu dos Ensaios Clínicos, que visa fomentar a competitividade da Europa na investigação, Portugal tem o potencial de crescer de forma rápida e eficaz, para diminuir a diferença quando comparado com outros países europeus.
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