“The Learning Zone Model: Moving Beyond Your Comfort Zone”
Quando se depara com uma tarefa que nunca executou antes qual é a sua reação? Costuma ficar animado por saber que vai aprender novas skills? Ou costuma sentir-se stressado e nervoso? Estas são algumas das fases do processo pelo qual passamos num percurso de aprendizagem. São estas etapas que constituem o Learning Zone Model.
O Learning Zone Model, foi inicialmente desenhado pelo psicólogo Lev Vygotsky e foi ganhando visibilidade por vários profissionais da área da educação.
O modelo demonstra como – para aprender com sucesso – devemos ser desafiados. Mas é necessário existir equilíbrio: se não houver pressão suficiente, é improvável que nos movamos para além de nossa Zona de Conforto, mas com pressão em excesso começamo-nos a sentir em pânico e oprimidos. Em ambos os casos, o aprendiz torna-se restrito, portanto o objetivo é encontrar o “ponto ideal” que é a Zona de Aprendizagem (Leaning Zone).
A ZONA DE CONFORTO:
São as atividades que fazemos todos os dias, que conhecemos bem e sabemos como desempenhar sem erros. Esta zona não tem de ser necessariamente má, é uma zona onde temos uma performance otimizada, onde temos os nossos limites pessoais bem definidos e ainda a possibilidade de refletir. No entanto, ficar demasiado tempo na zona de conforto pode ser perigoso uma vez que se está estagnado. Por não avançar nem arriscar torna-se quase impossível sair da posição em que está.
A ZONA DE APRENDIZAGEM/CRESCIMENTO:
Depois da zona de conforto existe a zona de aprendizagem, em que as skills e competências são alargadas e desenvolvidas. A mudança para esta zona pode ser intimidante no início, mas quando nos permitimos ser curiosos e explorar podemos ter outcomes bastante mais positivos do que aquilo que teríamos imaginado à priori. Poder-se-á sentir alguma pressão no inicio de um novo desafio, mas esta pressão pode ter um impacto positivo, levando-nos ao sucesso sem entrarmos em pânico. Idealmente quanto mais tempo for passado na Zona de Aprendizagem, maior será o leque de novas competências que domina – algumas delas passarão para a sua Zona de Conforto.
A ZONA DE PÂNICO:
A zona de pânico é a zona mais afastada do hemisfério central, onde nos encontramos quando vamos para lá daquilo com que estamos familiarizados e do que poderia esperar aprender. Esta é a pior zona onde se pode estar, uma vez que a sensação de estar sobrecarregado e de não conseguir lidar com as tarefas. O nível de stress consequentemente aumenta à medida que o medo de falhar de desenvolve. Isso pode ser prejudicial e desmotivador.
O modelo demonstra que os alunos precisam ir para lá da sua zona de conforto para aprender com sucesso, mas não tanto ao ponto de entrarem em pânico. Se isso acontecer, o processo de aprendizagem não será concluído com sucesso.
Existem cinco estratégias principais que poderá optar para navegar com sucesso no Modelo de Zona de Aprendizagem e melhorar a forma como aprende, que são:
- Desenvolver confiança e resiliência: Para utilizar o Modelo de Zona de Aprendizagem com eficácia, é necessário acreditar que pode aprender e que está seguro para o fazer. Precisa de ter confiança em si mesmo, bem como naqueles que o educam.
- Construir âncoras para sua zona de conforto: Construir âncoras que o prendem à sua zona de conforto também pode ajudar. Âncoras são oportunidades de utilizar competências e procedimentos com os quais já está familiarizado.
- Trabalhar com tutores: Com a passagem da Zona de Conforto para a Zona de Aprendizagem, provavelmente será necessário algum suporte. Um tutor pode ajudar, sendo uma força motivadora, dando feedback e fazendo perguntas de forma a aumentar a sua confiança e incentivá-lo a aperfeiçoar e refletir sobre o que aprendeu.
- Utilizar “andaimes”: Andaimes referem-se a estruturas de apoio que estimulam a aprendizagem e o desenvolvimento. Geralmente, é implementado por um tutor mas os cada um deverá procurar oportunidades para desenvolver os suas próprias estruturas. O andaime pode assumir diferentes formas – palavras de incentivo, perguntas que o ajudam a pensar sobre seus próximos passos e lembretes do que já conseguiu concretizar.
- Aprendizagem social: Aprendemos a com base na observação e nos modelos que podemos imitar e comparar aos nossos esforços. No entanto, a aprendizagem social não é apenas uma situação de copia do que se observa. Os detalhes do que se está a aprender são importantes, mas também o são as atitudes, dicas e truques que os modelos de comportamento utilizam. Ou seja, a aprendizagem social deve envolver prática com propósito, ao contrário de apenas teoria de aprendizagem.
Fonte: Mind Tools